Uso de IA em ERPs
Foto: Ronald Carreño/Pixabay

Um estudo recente do Boston Consulting Group (BCG) aponta que a inteligência artificial generativa pode redefinir a forma como empresas implementam e migram sistemas de gestão empresarial (ERPs). Segundo a pesquisa “GenAI Can Revolutionize ERP Transformations”, a tecnologia tem potencial para reduzir entre 20% e 40% o esforço total desses programas, tornando as transformações mais rápidas, eficientes e alinhadas às necessidades estratégicas.

Entre as etapas mais impactadas, a coleta de requisitos ganha destaque. Essa fase pode ter o tempo reduzido em até 60% com o uso da GenAI. Combinada a ferramentas de mineração de processos, a tecnologia acelera análises e gera insights mais robustos para apoiar decisões.

Preparação e mapeamento mais ágeis

Outro ponto crítico, a migração de dados, também pode ser otimizado. O levantamento indica que a GenAI reduz em até 30% o tempo necessário para preparação e mapeamento, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de limpeza e organização das informações. Para Roberto Penido, diretor do BCG, essa evolução abre caminho para um novo ritmo de transformação.

“É possível que, dentro de cerca de três anos, a aceleração da GenAI permitirá que as empresas implementem soluções ERP avançadas até cinco vezes mais rápido do que com os métodos tradicionais (mesmo os ágeis)”, afirmou em comunicado.

Otimização de treinamento

A pesquisa também destaca ganhos em capacitação de usuários. O tempo de treinamento e integração de novos colaboradores pode cair pela metade, enquanto tarefas de suporte que exigem intervenção manual podem ser reduzidas em até 60%, liberando profissionais para atividades de maior valor estratégico.

Para Penido, o desafio imediato das empresas vai além da adoção pontual. “O verdadeiro valor da GenAI não nasce de buscar benefícios rápidos com baixo esforço; ele só pode ser obtido a partir da implantação consistente dessa tecnologia, por meio de iterações contínuas impulsionadas por insights de IA, que melhorem a tomada de decisões em todas as fases”, completa.

O estudo completo (em inglês) pode ser obtido neste link.

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