Em uma semana de notícias conturbadas para ações climáticas diante das declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Natura, uma das empresas pioneiras em tratar sustentabilidade como estratégia de negócio, reforça seu compromisso com metas de impacto. Em post na rede social LinkedIn, o CEO da companhia, João Paulo Ferreira, traz dados do Global Risks Report, apresentado neste mês pelo Fórum Econômico Mundial, para relembrar os alertas e reforçar que “temos sido severamente afetados pela crise climática”.

O executivo relembra eventos climáticos sofridos pelo Brasil ao longo de 2024, como a seca histórica na Amazônia e as enchentes no Rio Grande do Sul, além da escalada de conflitos armados, desigualdade e polarização, que também surgem no relatório de riscos como agravantes da situação social em todo o mundo. Pereira usa tais informações para criticar o enfraquecimento de ações voltadas à promoção de igualdade e inclusão, mesmo sem que os objetivos tenham sido atingidos.
Para o CEO, o momento “demanda da iniciativa privada responsabilidade de ir além, usando o poder de transformação para promover preservação ambiental e combater desigualdades sociais”. O executivo relembrou ainda um mantra da empresa de que é possível um negócio seguir a agenda de sustentabilidade e inclusão e ser lucrativo.
As metas
No perfil da empresa no LinkedIn, uma postagem lembra do recrudescimento da crise climática e das injustiças sociais e faz um chamamento para ação urgente. O texto anuncia, ainda, que diante da situação atual, a companhia revisitou seus metas e assumiu compromissos sociais e ambientais mais ambiciosos para serem alcançados até 2030.
O plano de metas da empresa, conhecido como Compromisso com a Vida / Visão 2030, é dividido em três grupos: enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia; defender os direitos humanos e sermos mais humanos; e abraçar a circularidade e a regeneração.
No primeiro grupo, por exemplo, a empresa se compromete a zerar emissões líquidas nas instalações próprias até 2030, além de reduzir em 42% as emissões de gases de efeito estufa na cadeia de valor. Outra meta importante é a de contribuir com a proteção e/ou regeneração de 3 milhões de hectares de floresta amazônica.
Na segunda esfera, uma das metas é ter, no Brasil, 25% de pessoas negras em cargos gerenciais a partir de 2025 e, 30%, até 2030. No último grupo de metas, destaque para o objetivo de 50% de todo plástico das embalagens conter conteúdo reciclado, ter 100% das embalagens reutilizáveis, refiláveis, recicláveis ou compostáveis, além de ter 95% de ingredientes renováveis ou de origem natural para a marca Natura.
Veja todas as metas do plano da empresa aqui.
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