
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) assinaram um acordo de cooperação técnica voltado à modernização da gestão ambiental e ao fortalecimento da economia circular no setor sucroenergético. O anúncio ocorreu durante o Summit Agenda SP + Verde, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
O acordo estabelece novas diretrizes para o aproveitamento de subprodutos da cana-de-açúcar, como a vinhaça e o Combustível Derivado de Resíduos (CDR), ampliando o uso de biomassa como fonte de energia limpa. A iniciativa pretende reduzir o uso de combustíveis fósseis, estimular a eficiência no uso da água e promover a valorização energética de resíduos industriais.
“O setor sucroenergético é uma peça-chave na transição energética do estado de São Paulo. Essa parceria é um marco no diálogo entre a Cetesb e a indústria, para que possamos estabelecer mecanismos mais modernos, seguros e alinhados com as práticas internacionais de economia circular”, disse em nota Thomaz Toledo, diretor-presidente da Cetesb.
Capacitação técnica
O plano inclui a revisão de parâmetros técnicos para o uso da vinhaça localizada, o reaproveitamento de águas residuárias e a regulamentação da queima controlada de CDR nas caldeiras das usinas. A Cetesb reforça que os novos critérios devem garantir o reaproveitamento hídrico de forma segura, sem comprometer a qualidade das águas subterrâneas e superficiais.
Além dos avanços técnicos, o acordo prevê a capacitação de engenheiros, gestores e técnicos do setor. A Escola Superior da Cetesb ofertará cursos sobre licenciamento ambiental, com foco na aplicação prática das normas e na segurança jurídica das operações.
Fortalecimento da economia circular
“A produção sustentável de energia renovável pela cadeia sucroenergética tem ganhado novos contornos, com a ampliação dos energéticos extraídos da biomassa e a intensificação de práticas de economia circular, com o uso da vinhaça, da torta de filtro e no futuro o aproveitamento de resíduos de outros setores”, destacou também em nota Evandro Gussi, presidente da Unica.
Com vigência inicial de 12 meses, o acordo poderá ser prorrogado e será acompanhado por um Comitê Técnico de Cooperação. O grupo deverá monitorar resultados, avaliar impactos e propor novas frentes de trabalho em sustentabilidade e inovação ambiental no setor.






Sem comentários registrados