A expectativa em relação ao potencial da computação quântica é grande, assim como o temor relacionado, por exemplo, à segurança da informação. E pelo andar da carruagem, muitas das possibilidades estão prestes a serem confirmadas. Na última semana, a Microsoft anunciou o Majorana 1, primeiro chip de computação quântica no mundo a trazer a arquitetura Topological Core. O processador seria capaz de solucionar problemas em escala industrial em anos e não em décadas. 

Tido como revolucionário, o chip poderia, entre outras coisas, romper códigos de blockchai. Em comunicado, a fabricante diz tratar-se do primeiro processador a ter um topocondutor, um material que pode controlar e observar partículas do Majorana 1 e, assim, produzir qubits mais escaláveis. 

Ainda em comunicado, a Microsoft afirma que assim como chips atuais possibilitaram equipamentos como smartphones, os topocondutores e novo tipo de semicondutor que ele permite possibilitam o desenvolvimento de sistemas quânticos que podem escalar a 1 milhão de qubits e, com isso, resolver problemas industriais complexos e desafios da sociedade como um todo. 

É mesmo revolução?

Apesar da comemoração da fabricante, artigo da revista Nature afirma que diversos físicos ainda são céticos sobre os resultados reais do Majorana 1, bem como todo potencial discutido. Embora reconheça que a arquitetura baseada em topologia possa escalar facilmente, sobretudo, se comparado com as demais tecnologias, reforça o fato de que a Microsoft apresentou apenas resultados intermediários e não a prova real da existência de topological qubits.

O que se sabe até hoje e é bastante discutido, até entre outras fabricantes que disputam a liderança em computação quântica, é que tal tecnologia tem potencial gigante e traz uma forma totalmente diferente de fazer computação quando comparada com a computação clássica aplicada atualmente. Na área de segurança da informação, por exemplo, o temor é o de que uma máquina quântica seja capaz de romper com criptografias atuais, gerando um risco gigante. Apenas para exemplificar, algo que levaria anos para poder acontecer no modelo atual, seria executado em poucos minutos a partir da tecnologia quântica.

Além da Microsoft, outros fabricantes produziram avanços recentes, como o Google, que anunciou um chip em dezembro de 2024. Na ocasião, a empresa afirmou que o processador pavimentava o caminho para o uso de computação quântica em escala. 

Além do Google, a Microsoft tem a companhia nesta corrida quântica de: IBM, que já desenvolveu processadores como o Condor e tem investidor forte nesta frente, IonQ, D-Wave, Quantinum, entre outras. 

O que esperar em termos de sociedade?

Enquanto as fabricantes correm para tentar dominar o cenário e pesquisadores tentam entender oportunidades e riscos da tecnologia, existem cenários positivos da aplicação da computação quântica em prol do clima. Entre as possibilidades, como cita a Quantum Insider, destacam-se:

– Melhorar a previsão de tempo para integridade de energia renovável;

– Otimizar a gestão de energia;

– Avançar na produção de células solares;

– Permitir a produção em escala de hidrogênio verde e amônia; e

– Avançar nas tecnologias de captura de carbono. 

Sem comentários registrados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *