
Após o impacto da pandemia e da instabilidade econômica e geopolítica dos últimos anos, a indústria química global apresentou uma leve retomada no ano passado. Apesar de relatar um aumento na produção dessas organizações, em relação ao ano anterior, o estudo “2025 Chemical Industry Outlook“, da consultoria Deloitte, realça que alguns ajustes são essenciais para alcançar resiliência em um setor que evolui para o uso de tecnologias inovadoras e baixo carbono.
O diagnóstico destaca que essas organizações devem focar em investimentos em descarbonização e inovação em 2025, aliados a estratégias de redução de custos e aumento de margens para alavancar o crescimento das receitas.
A adoção de soluções de baixo carbono segue como prioridade, apesar do progresso quanto à redução de emissões e aumento da eficiência energética devido ao uso de energias renováveis e economia circular. Como desafio para essa transformação, a pesquisa aponta o acesso ainda restrito à eletricidade de matrizes renováveis e as mudanças nas regulamentações de alguns países.
A boa notícia é que cada vez mais essas organizações investem em novas tecnologias, como inteligência artificial e processos sustentáveis a fim de aumentar a eficiência e desenvolver produtos sustentáveis. Entram em cena produtos inovadores, como químicos bio-based, e a modernização dos processos de produção.
As perspectivas de crescimento são otimistas, impulsionadas pela demanda de mercados em rápida expansão, como semicondutores, energia limpa e veículos elétricos. A previsão é que os veículos elétricos consumam 85% mais produtos químicos do que os motores convencionais, aponta o relatório.
Uma vez que a cadeia de suprimentos vem sendo afetada por fatores como conjuntura política, mudanças climáticas e regulamentações regionais, a digitalização e a descentralização são saídas para ganhar agilidade e flexibilidade, reduzindo riscos e garantindo competitividade.
A consultoria projeta uma redução das taxas de juros e estabilização econômica do setor químico esse ano, aumentando a necessidade de corte de custos e reavaliação de produtos e foco em áreas promissoras. Fusões, aquisições e parcerias estratégicas também fortalecerão a competitividade e a conquista de novos mercados.
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