Um comunicado da Casa Branca confirma: os Estados Unidos sairão novamente do Acordo de Paris. Essa será a segunda saída do país do acordo climático. Em seu primeiro governo, Donald Trump já havia retirado a nação, uma das maiores poluentes do mundo, do acordo. Trata-se de um duro golpe para os esforços globais de descarbonização e de frear o aquecimento da terra. O anúncio chega em um momento de aumento dos desastres climáticos, como os incêndios que afetaram Los Angeles (CA), neste início de ano. 

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Embora o anúncio fosse esperado, não deixa de surpreender ativistas e a imprensa internacional. Entidades como Ipsos e Fórum Econômico Mundial têm apresentado relatórios que apontam para necessidade de acelerar as ações de descarbonização. No caso do Fórum, um documento pede que CEOs coloquem crise climática em seus planos estratégicos e preparem seus negócios para um aumento de temperatura de até 3ºC. 

O relatório do Fórum Econômico Mundial parece já ter se confirmado com o não cumprimento da principal meta do Acordo de Paris, que é o de limitar o aumento da temperatura global em 1.5ºC. Vale lembrar que o ano de 2024 já bateu esse limite, ou seja, a emergência só aumenta. 

Em conversa com a Associated Press, a CEO da Fundação Europeia para o Clima, Laurence Tubiana, recebeu a informação com preocupação, porém, adiantou que os esforços para reduzir a mudança climática é mais forte que quaisquer políticos ou políticas de um único país. 

Além do Acordo

Quem também repercutiu o assunto foi o portal especializado na cobertura de sustentabilidade Edie. O portal frisa que a decisão coloca os EUA ao lado de países como Irã, Líbia e Iêmen, como  as únicas nações de fora do acordo. O texto reflete ainda sobre a situação vivenciada pelos próprios Estados Unidos, que sofrem com eventos climáticos, como os incêndios na Califórnia neste início de ano. Estimativas calculam prejuízo entre US$ 52 bi e US$ 57 bi e 27 mortos até o momento. 

O novo mandato de Donald Trump, que começa oficialmente nesta segunda-feira 20/01/25), traz ainda outros pontos que resvalam em clima e ESG de forma geral:

  • A administração planeja encerrar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) em todos os órgão federais, além de instituir uma política que reconheça apenas o sexo biológico;
  • Donald Trump deve declarar emergência energética, o que permitirá, entre outras coisas, afrouxar as regras para exportação de combustíveis fósseis. 

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