Por Fabiana Galetol*
Vivemos em um momento em que o impacto das iniciativas sociais e corporativas ultrapassa a mera geração de lucros. É cada vez mais evidente que o empreendedorismo feminino tem o poder de transformar não apenas o mercado, mas também a sociedade como um todo, promovendo um presente e um futuro mais justos e igualitários.

Historicamente, as mulheres enfrentaram barreiras estruturais que limitaram suas oportunidades econômicas e sociais. Embora as dificuldades ainda sejam uma realidade, dados mostram que, mesmo em cenários adversos, o empreendedorismo feminino cresce e se consolida como um motor de inovação e impacto social, que reflete tanto a força quanto a resiliência dessas líderes. De acordo com dados do relatório técnico do Sebrae sobre o Empreendedorismo Feminino divulgado em 2024, existem cerca de 30 milhões de empreendedores no Brasil. Deste total, as mulheres somam mais de 10 milhões à frente do próprio negócio, tendo maior atuação em categorias como beleza, moda e alimentação.
O incentivo ao empreendedorismo feminino vai além de uma questão econômica; trata-se de promover equidade e de reconhecer o papel central das mulheres como agentes de mudança. A educação e o desenvolvimento de habilidades são, sem dúvida, pontos essenciais para fortalecer essa transformação. Capacitar mulheres em áreas estratégicas, como tecnologia, gestão e inovação, é uma forma de impulsionar negócios e de fortalecer a economia, promovendo mudanças sociais mais amplas. Além disso, a criação de redes de apoio – formais ou informais – tem se mostrado uma estratégia eficaz para impulsionar esses negócios, permitindo a troca de experiências e a construção de soluções conjuntas para os desafios enfrentados no dia a dia.
Grandes empresas têm se destacado ao promover ações voltadas ao fortalecimento do empreendedorismo feminino, como é o caso da Pluxee, líder global de benefícios e engajamento para colaboradores. Com iniciativas que oferecem capacitação tecnológica, mentorias e apoio para mulheres em diferentes estágios de suas jornadas empreendedoras, a empresa reforça o impacto positivo que lideranças femininas podem trazer ao mercado.
É importante lembrar que essa transformação precisa começar dentro das organizações. Diversidade e inclusão devem ser pilares fundamentais de qualquer cultura organizacional. Garantir equidade salarial, promover mulheres a posições de liderança e incentivar uma cultura que valorize a pluralidade de vozes são ações que beneficiam as empresas e inspiram o mercado a adotar práticas mais inclusivas e inovadoras.
Um dos grandes aprendizados quando falamos de empreendedorismo feminino é o impacto em cadeia que ele gera. Quando uma mulher empreende, ela transforma seu entorno. É o tipo de impacto que transcende o individual e se torna coletivo, potencializando mudanças que beneficiam toda a sociedade.
Costumo dizer que o incentivo ao empreendedorismo feminino não é apenas uma questão de justiça social: é também uma estratégia poderosa para construir um mercado mais ético, diverso e sustentável, onde pavimentamos o caminho para um futuro promissor.
O chamado da nossa era é claro: precisamos transformar desafios em oportunidades, respeitando as diferenças e potencializando talentos que, por muito tempo, estiveram à margem. Ao agir, ouvindo e construindo pontes, unimos sonhos a oportunidades e colaboramos para que todas as mulheres possam alcançar o sucesso que merecem.
*Fabiana Galetol é Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee no Brasil. A executiva acumula passagens pelas áreas de RH, comunicação interna e externa, gestão de marca/publicidade e canais de distribuição, com vivência internacional nos Estados Unidos e países da América Latina. Possui vasta experiência em negócios, direcionamento estratégico, aconselhamento e planejamento de gestão de pessoas. Antes da Pluxee, atuou como Head de Comunicação na IBM Brasil, empresa onde permaneceu por mais de 29 anos. Formada em Economia pela Universidade Federal Fluminense, Fabiana também é pós-graduada em Comércio Internacional pela Fundação Getúlio Vargas e Marketing pelo IBMEC. É mentora voluntária na Leading.Zone, startup de desenvolvimento humano.
Um comentário
Grande profissional e muito humana com a equipe. Ela tem um carisma único !