
A segurança cibernética já é tratada como estratégica por 93% das empresas brasileiras, mas o desafio está em mantê-la em equilíbrio com a inovação, uma dificuldade apontada por 83% dos líderes corporativos. O dado é do estudo “Estado da Inovação e IA“, realizado pela Dell Technologies com 2.850 tomadores de decisão de negócios e TI em 40 países, incluindo 100 no Brasil. A pesquisa mostra que, embora 96% reconheçam a segurança como parte crítica no desenvolvimento de novas soluções, 59% ainda temem que a adoção de tecnologias emergentes amplie a superfície de ataque cibernético.
No cenário nacional, 65% das empresas afirmam já colher benefícios concretos ao incluir a segurança como parte da estratégia, enquanto 28% esperam ver resultados nos próximos anos. Mesmo com esse avanço, 93% dos executivos relatam obstáculos para integrar a proteção digital de forma efetiva, com destaque para a dificuldade de garantir que tudo permaneça seguro (38,4%), as restrições orçamentárias (25,3%) e a escolha de tecnologias ou parceiros adequados (25,3%).
Avanço na proteção corporativa
As prioridades mapeadas para os próximos anos incluem fortalecer a detecção e resposta a ameaças (65%), reduzir a superfície de ataque (45%), ampliar a capacidade de recuperação após incidentes (35%) e simplificar o gerenciamento de ponta a ponta (30%). Para Caroline Maneta, líder de Plataforma de Segurança da Dell Technologies no Brasil, o momento exige uma abordagem equilibrada que una inovação tecnológica, políticas claras de uso e auditoria de fornecedores. “A vulnerabilidade não vem apenas da tecnologia em si, mas da velocidade com que as empresas conseguem adaptar sua postura de segurança, com um reforço das suas estratégias de resiliência cibernética”, Caroline explicou em comunicado.
O estudo também aponta que soluções como proteção de dados, backup e recuperação (64%), serviços de resposta a incidentes (51%) e detecção gerenciada (50%) são as que mais elevaram a confiança das empresas no país. Ferramentas voltadas à segurança da IA generativa, testes de penetração, segmentação de rede e princípios de Zero Trust também vêm ganhando espaço. Ainda assim, 62% dos executivos demonstram preocupação com a gestão de dispositivos e proteção de dados, enquanto 94% reconhecem a cadeia de suprimentos como fator crítico para a postura de segurança.
Entre os caminhos propostos para mitigar riscos estão a adoção de modelos privados de IA generativa (hospedados internamente para evitar o envio de dados sensíveis a terceiros), a classificação e o mascaramento de informações, a auditoria rigorosa de fornecedores e a definição de políticas claras de uso e monitoramento. A análise da Dell reforça que, à medida que a inovação avança, a resiliência cibernética deixa de ser apenas um requisito técnico e passa a ser um diferencial estratégico para sustentar o crescimento digital das organizações.






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