O Fórum Econômico Mundial apresentou seu já esperado relatório sobre Futuro do Trabalho. Como era esperado, as transformações tecnológicas são disparada a tendência mais apontada como fio condutor de mudanças no ambiente profissional. A percepção é validada tanto por trabalhadores, quanto por empresários. 

A ampliação do acesso digital deve ser a tendência mais transformadora; para 60% dos líderes empresariais esse movimento tem grande potencial de transformar seus negócios até 2030. Além disso, inteligência artificial, robótica e automação e geração, armazenamento e distribuição de energia também figuram entre tendências que devem impactar negócios e, de maneira diferente, o cenário de emprego. 

Chama atenção no relatório ver mudanças climáticas como a terceira tendência que mais deve provocar transformações de maneira geral. A adaptação ao clima é citada por 47% dos empresários, enquanto 41% entende que tais transformações devem impactar seus negócios nos próximos 5 anos.

No campo do emprego, a emergência climática já produz reflexos e deve ampliar a demanda por profissionais como: engenheiros de energia renovável, engenheiro ambiental e especialistas em veículos elétricos e autônomos. Todas as posições estão entre as 15 cujas demandas mais crescem. Existe ainda uma expectativa de que as tendências climáticas ampliem o foco em gestão ambiental dentro das corporações. No Brasil, ainda tem muito conselho e alta gestão que não tratam risco climático como risco ao negócio. 

Demografia

Outro ponto interessante do relatório é o tratamento dado às mudanças demográficas, como envelhecimento da população e redução de pessoas em idade produtiva. Tais transformações trarão grandes desafios, sobretudo, para economias maduras, como as europeias. Na outra ponta, em economias emergentes, o que se assiste é um aumento da população em idade ativa para o trabalho. No campo profissional, o envelhecimento populacional gera demanda por profissionais da saúde, como enfermeiros.

Informação igualmente importante é sobre o saldo de empregos criados e aqueles que devem desaparecer entre 2025 e 2030. Esse montante deve responder por 22% do total sendo: 170 milhões de novos empregos devem ser criados, ou 14% do total de postos de trabalho existentes atualmente; e 92 milhões de postos cancelados, ou 8% do total atual. O crescimento líquido de vagas de emprego deve ficar em torno de 7%.

Tem interesse em ler o material completo? O relatório, em inglês, pode ser visto aqui.

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