
O Hospital Pequeno Príncipe deu um salto histórico em direção à saúde digital. Com a digitalização de 2.315 prontuários, equivalentes a mais de 86 mil páginas, e a integração de todos os sistemas em uma plataforma única e segura, a instituição impacta 100% das crianças e adolescentes atendidos, garantindo diagnósticos mais rápidos e tratamentos mais assertivos.
O avanço é resultado do Projeto Hospital Digital, viabilizado pelo Google por meio do Fundo da Infância e Adolescência. A iniciativa vai além da substituição do papel por sistemas eletrônicos: promove interoperabilidade entre softwares, otimiza processos administrativos e clínicos e reduz riscos em áreas críticas, como o tratamento do câncer infantil.
Com a digitalização, médicos, enfermeiros e gestores acessam informações clínicas de forma instantânea e protegida por backups, eliminando perdas ou atrasos. O projeto também trouxe ganhos operacionais relevantes, como a instalação de três novos sistemas (Data Warehouse, PACS e Beira-Leito), a aquisição de 178 equipamentos e a emissão de 233 certificados digitais em 2024, totalizando 1.580 desde o início da iniciativa. O PACS já armazenou mais de 100 mil exames de imagem, aumentando precisão nos diagnósticos e qualidade no tratamento.
Alta disponibilidade com proteção de dados
Para garantir continuidade e segurança, o hospital inaugurou em julho de 2025 um data center próprio, com 16m2, controle de temperatura e pressão, sistema anti-incêndio duplo e disponibilidade de 99,99%, operando 24/7. A infraestrutura suporta desde o atendimento clínico até atividades administrativas, ensino e pesquisa.
“Saímos de um ponto de atendimento para nos tornarmos o hospital número 1 na América Latina e um dos melhores do mundo em pediatria porque sempre tivemos o apoio de pessoas e empresas que nos ofereceram tempo ou recursos. O incentivo do Google é um importante passo para alcançar melhorias operacionais relevantes no atendimento aos pacientes e no dia a dia dos profissionais, mas também para o setor como um todo”, destacou em comunicado Luiz Álvaro Carneiro, Vice-Diretor de Inovação e Tecnologia do Hospital Pequeno Príncipe.
Referência em pediatria de alta complexidade, o hospital oferece 47 especialidades e realiza mais de 239 mil atendimentos ambulatoriais e 20 mil cirurgias por ano, com 74% dos atendimentos via SUS. Em oncologia pediátrica, foram registradas 6.499 consultas, 727 internações e 3.314 sessões de quimioterapia em 2024.
Conectividade e bem-estar
A digitalização do prontuário eletrônico garante segurança, organização e agilidade, segundo comunicado da oncologista Gabriela Caus: “Diferentemente do papel, que pode ser perdido, danificado ou difícil de ser localizado, os prontuários eletrônicos são armazenados em sistemas seguros de backup, garantindo maior acessibilidade e agilidade no acesso às informações dos pacientes”. A especialista também reforça que a disponibilização de internet sem fio para os pacientes e acompanhantes “permite que se conectem por meio de videochamadas, servindo tanto para transmitir notícias quanto para matar a saudade. Muitos pais, em alguns casos, conseguem até trabalhar por certos períodos, mantendo seus empregos”.
A conectividade, com Wi-Fi de qualidade, também é fundamental para pacientes em longos períodos de internação, permitindo aulas remotas e atividades de lazer. “Durante os períodos de internação, a disponibilidade do Wi-Fi é um ótimo aliado para necessidades básicas de comunicação e também para o lazer. O quadro do Miguel exige praticamente um confinamento dentro do quarto, já que na maior parte do tempo ele está imunossuprimido. Com a internet, ele consegue manter contato com a família e os amigos. Por isso, um Wi-Fi de qualidade nos quartos é fundamental para amenizar a ansiedade que o isolamento causa”, relatou em nota Halana Karine, mãe de um paciente oncológico.






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