
O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer até o fim de 2025, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O dado acende alerta sobre a urgência do diagnóstico precoce e coloca a tecnologia no centro da transformação da oncologia. Nesse cenário, a Oncoclínicas&Co aposta em inovação ao integrar, pela primeira vez no país, patologia digital, genômica e inteligência artificial em um mesmo fluxo de trabalho.
A iniciativa é conduzida pelo laboratório OC Medicina de Precisão e promete democratizar o acesso à medicina de ponta, encurtando o tempo entre a detecção de tumores e o início do tratamento. No caso do câncer de próstata, por exemplo, a tecnologia permite triar até 70% das biópsias benignas, liberando especialistas para focar em amostras suspeitas. Além de acelerar diagnósticos, a estratégia ajuda a enfrentar gargalos históricos do sistema de saúde, como a falta de patologistas. Hoje há em torno de 4.400 profissionais para atender mais de 200 milhões de brasileiros, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil 2025.
Impacto da medicina de precisão
“Em oncologia, o tempo entre a suspeita e o início do tratamento pode ser decisivo. Quando conectamos especialidades, dados e decisões clínicas em uma mesma estrutura, com um fluxo contínuo, transformamos a jornada do paciente”, destacou em comunicado Rodrigo Dienstmann, diretor médico da OC Medicina de Precisão.
O impacto prático já foi comprovado em casos reais: em uma análise inicial, um tumor foi classificado como câncer papilífero pulmonar, mas, com o apoio da integração tecnológica, foi reclassificado como carcinoma papilífero de tireoide, uma mudança que alterou todo o curso do tratamento.
IA amplia assertividade
A Oncoclínicas é pioneira fora dos Estados Unidos no uso de algoritmos da Paige, empresa referência em patologia digital e IA clínica. Desde 2021, soluções como o Paige Prostate e o Breast Paige vêm auxiliando no diagnóstico de tumores de próstata e mama. Mais recentemente, a companhia passou a adotar o algoritmo da Mindpeak, que analisa biomarcadores cruciais para personalizar terapias.
De acordo com comunicado de Leonard Medeiros da Silva, patologista do grupo, a tecnologia já auxiliou na revisão de mais de 23 mil biópsias, com índices próximos a 100% de sensibilidade e 93% de especificidade. O uso de IA também permitiu identificar lesões malignas que não haviam sido detectadas em análises tradicionais.
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