
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) terá R$ 12,1 bilhões em investimentos por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com destaque para 2025, quando estão previstos mais de R$ 2,4 bilhões em ações estratégicas. O programa foi lançado em agosto de 2023, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, governadores, prefeitos e parlamentares.
A ministra do MCTI, Luciana Santos, ressalta que o Novo PAC reflete o desenvolvimento que o País busca: inclusão social, sustentabilidade e apoio da ciência, tecnologia e inovação. “O MCTI participa do Novo PAC com investimentos estratégicos, voltados para áreas como saúde, educação, monitoramento e alertas de desastres naturais, além do fortalecimento do desenvolvimento industrial com mais tecnologia e valorizando o trabalho dos pesquisadores brasileiros”, afirmou em comunicado.
Para o diretor do Departamento de Fundos e Investimentos do MCTI, Raphael Padula, a iniciativa marca um avanço significativo. Ele destaca em nota que a inclusão de projetos financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), coordenado pelo MCTI, demonstrando a importância da ciência e da inovação para a soberania produtiva e tecnológica do País.
Investimentos em infraestrutura científica
Mais da metade dos recursos, cerca de R$ 6,5 bilhões, será destinada a grandes empreendimentos estruturantes. Entre eles, a Fase 2 do acelerador de partículas Sirius, que contará com R$ 800 milhões até 2026 para ampliar sua capacidade. O Laboratório Orion NB4 será o primeiro da América Latina em máxima contenção biológica, conectado a uma fonte de luz sincrotron, e tem orçamento de R$ 1 bilhão até 2026.
O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) terá R$ 2,9 bilhões previstos até 2029, tornando-se o principal centro de pesquisa nuclear do País, com aplicações em medicina, energia, agricultura e meio ambiente, incluindo a produção nacional de radiofármacos para tratamento do câncer. Além disso, o novo supercomputador previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pbia) contará com R$ 1,8 bilhão até 2027, ampliando a capacidade nacional de processamento de dados para inteligência artificial, modelagem climática e pesquisas em saúde e energia.
O restante será direcionado à infraestrutura de pesquisa descentralizada e a programas estratégicos, como o Pró-Infra para fortalecer universidades e centros de pesquisa; as Infovias da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP); o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), beneficiando mais 840 municípios além dos 1,8 mil já atendidos.
Padula ainda destaca que a recomposição integral do FNDCT, realizada em 2023, possibilitou a organização dos investimentos em grandes projetos de pesquisa. Atualmente, o MCTI acompanha 25 empreendimentos, entre projetos estratégicos e iniciativas de conectividade digital, com abrangência em pelo menos 15 unidades federativas, destacando os estados do Nordeste, que concentram a maioria das infovias estaduais.
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