A poluição causada por plástico continua sendo um problema grave para a questão ambiental. Seja pelo seu processo produtivo, seja pelo seu descarte que afeta a todo ecossistema. Mas como traz a Fundação Ellen Macarthur, pioneira em advogar pela economia circular, o Global Commitment 2024, realizado em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas, mais de mil organizações espalhadas pelo mundo inteiro se comprometeram com metas para reduzir ainda mais os danos ambientais causados pelo plástico, entre os signatários estão responsáveis por 20% da produção global de embalagens plásticas e 50 governos. 

Essa é a sexta edição do relatório e traz metas ambiciosas em torno de uma visão comum para aplicar economia circular ao plástico. Desde o início do trabalho, com primeiro relatório publicado em 2019, avanços importantes ocorreram, contudo, os participantes reconhecem que o trabalho está muito longe do ideal e que a poluição causada por plástico segue crescente, bem como a demanda por seu uso. O report reconhece que é preciso intensificar um política global para o assunto, além de acelerar ações corporativas, ambas fundamentais para os avanços necessários. 

Para 2025, os signatários projetaram uma meta de reduzir em 18% o uso de plástico virgem, para se ter noção da ambição desta meta, em 2023, o mercado global de plástico virgem cresceu 8%. Além disso, o relatório fala em ampliar a reutilização de material plástico em 100%, algo que tem se mantido estável, aumentar em 37% reciclagem e compostagem e em 290% a produção de plástico reciclado.

Ainda que o trabalho esteja longe do ideal, os impactos já podem ser mensurados. A ações tomadas pelos participantes já impediram, desde 2018:

• O uso de 1 barril de petróleo a cada 2 segundos;
• Evitou a emissão de 3.4 milhões de toneladas de CO2 por ano, o equivalente a eliminar as emissões de carbono de uma cidade de 750 mil habitantes;
• Além de evitar que fossem colocadas no ambiente 9.6 milhões de toneladas de plástico virgem, quantidade equivalente a 1 trilhão de sacolinhas plásticas. 

Veja o relatório completo aqui.