Mais de 4,1 mil escolas públicas receberão acesso à banda larga via satélite. A responsabilidade por disponibilizar a conexão será da Telebras, que firmou acordo com a Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), instituição responsável pelo programa Aprender Conectado. 

A escolas beneficiadas pelo acordo estão localizadas em municípios onde a conexão por fibra óptica não chega e abrigam mais de 200 mil alunos. Em comunicado, o diretor-geral da Eace, Flávio Santos, afirma que o acordo com a Telebras é uma maneira de garantir que nenhuma escola fique para trás, já que o contrato beneficia escolas em regiões remotas onde a única possibilidade de conexão é via satélite.

E conectividade é um ponto essencial não só pela inclusão digital, mas também para mitigar a ampliação das desigualdades entre as escolas. O assunto é pauta desde o advento do 5G, rede móvel de alta velocidade que prometia uma série de revoluções, inclusive no ensino, mas sem a universalização do acesso, os riscos de acentuar desigualdades existentes no ensino apenas aumentam. 

Em comunicado, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, entende que a parceria é um passo para fortalecer a inclusão digital nas escolas públicas do país, lembrando que existe pressa em reduzir desigualdades e garantir que nenhum estudante fique de fora do mundo digital.

Escolas conectadas e com energia

O programa Aprender Conectado é uma das estratégias do Governo Federal para garantir conectividade para as mais de 138 mil escolas públicas do Brasil até o final de 2026. O caminho, no entanto, é longo. Atualmente, para se ter uma ideia, de acordo com medição do Ministério da Educação (MEC), apenas 49,2% das escolas públicas possuem internet de alta velocidade.

A ação do acordo firmando entre Telebrás e Eace prevê, além da conexão por satélite, uma cobertura completa por meio de rede wi-fi. Para escolas que não possuem acesso à energia elétrica ou que possuem energia ofertada por gerador fóssil, haverá um esforço para conectar a unidade com a rede pública de energia. Na impossibilidade, serão disponibilizados geradores elétricos fotovoltaicos.

Para o presidente da Telebras, André Leandro Magalhães, o contrato representa um pacto com a educação, já que cada escola conectada é um portal que se abre para o conhecimento e engajamento dos alunos.