Elisa Jadim
Elisa Jardim, gerente da Robert Half. Foto: Divulgação

Uma pesquisa da consultoria global Robert Half revela que 40% das empresas brasileiras não oferecem treinamento sobre o uso responsável de inteligência artificial, enquanto apenas 15% contam com programas recorrentes de capacitação. O dado chama atenção em um cenário de crescente adoção tecnológica: 42% das companhias já percebem aumento de produtividade com IA, mas apenas 9% atingiram alto nível de maturidade digital.

O levantamento ouviu 1.150 profissionais e tomadores de decisão, mostrando que a maioria das organizações ainda se encontra nos estágios iniciais de exploração da tecnologia: 53% estão em fase de experimentação, e 35% não perceberam impactos relevantes em suas operações. Ferramentas abertas, como ChatGPT e Gemini, já são utilizadas por 47% das empresas, mas a ausência de diretrizes estruturadas sobre ética e segurança de dados levanta riscos significativos.

Capacitação e governança são urgentes

“Estamos diante de uma mudança tecnológica profunda, mas há uma lacuna significativa entre o entusiasmo com as possibilidades e a preparação prática para sua adoção ética e eficiente”, disse em comunciado Elisa Jardim, gerente da Robert Half. “As empresas precisam agir com rapidez para evitar riscos, como o vazamento de dados sensíveis. Além disso, é preciso formar equipes capacitadas para a extração do melhor valor dessas ferramentas”.

O estudo aponta ainda que áreas como TI e segurança da informação, análise de dados e business intelligence, atendimento ao cliente e projetos de transformação digital devem ganhar força nos próximos dois anos. A pesquisa reforça que investir em capacitação, governança e proteção de dados não é apenas uma medida preventiva, mas um passo estratégico para transformar a IA em vantagem competitiva e inovação sustentável.

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