combate à dengue

Mais de 850 mil casos de dengue foram notificados no primeiro trimestre de 2025 e algumas cidades têm sofrido mais que outras. Juntos, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná respondem por mais de 73% dos casos. Mas será que a tecnologia pode ajudar a combater esse problema? No que depender da prefeitura de Uberlândia (MG), a resposta é sim. A cidade mineira tem apostado na aplicação de inteligência artificial (IA) para dar conta do desafio, em especial, na aceleração do monitoramento dos ovos do mosquito Aedes Aegypti e da infestação por meio das ovitrampas.

As ovitrampas, para quem não conhece, são dispositivos que as autoridades de saúde pública utilizam para monitorar o mosquito transmissor da dengue, especialmente as fêmeas quando colocam os ovos. No caso de Uberlândia, são mais de 1.200 armadilhas dessas espalhadas pela cidade. Elas basicamente são um recipiente preto, atrativo para os mosquitos, com uma paleta de madeira onde eles depositam os ovos. Essas armadilhas são coletadas semanalmente para contagem dos ovos e cálculo do tamanho da população de mosquito em um raio de 9 quarteirões.

Mas onde entra a inteligência artificial nisso tudo? Não tem nenhum milagre. A solução encontrada pela cidade do triângulo mineiro é relativamente simples: a empresa de processamento de dados da cidade, a Prodaub, treinou a IA para um banco de dados de contagem dos ovos logo após a coleta das paletas. Os dados foram lançados no aplicativo UDI sem Dengue, de modo que, o agente de combate às endemias, ao recolher o material, faz uma foto e salva no aplicativo. Com isso, a contagem dos ovos acontece em tempo real.

Como explica em comunicado Reginaldo Aparecido Mendes, diretor da Prodaub, um trabalho que antes levada ao menos uma semana acontece em tempo real. E na prática o que muda? Se antes a contagem levava sete dias, logo, a ação de combate aconteceria mais de uma semana depois da coleta da armadilha. Agora, a partir do envio da foto no aplicativo e da análise da IA, as equipes saem para as ruas no dia seguinte com estratégia de combate. 

Além de acelerar as ações, o sistema permite cruzamentos, entendimento das ovitrampas com maior risco e ter um entendimento mais correto da proliferação do mosquito na cidade. 

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