
Em um ano de operação, a iniciativa conjunta da Microsoft, Amanco Wavin e SANASA alcançou uma economia de 370.442 metros cúbicos de água em Campinas (SP), volume equivalente a 151 piscinas olímpicas. O resultado mostra o potencial da tecnologia e da gestão inteligente de redes para enfrentar a escassez hídrica e aumentar a eficiência no abastecimento.
O projeto foi iniciado em julho de 2024, com Campinas escolhida por seu histórico de escassez hídrica: sete secas na última década e forte dependência da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), responsável por mais de 70% do abastecimento de água do estado.
A Microsoft é responsável pela iniciativa enquanto a Amanco Wavin fornece a tecnologia que torna o projeto possível. O projeto monitora continuamente as redes, identifica perdas e orienta ações preventivas. Algoritmos de aprendizado de máquina e análise em nuvem permitem insights preditivos, priorizando reparos, reduzindo a água não faturada e aumentando a eficiência hídrica.
Segurança hídrica ampliada
A SANASA, empresa que faz o abastecimento de Campinas, é beneficiária direta do projeto. “Em tempos de mudanças climáticas e crises hídricas, garantir que menos água se perca nas tubulações é promover segurança hídrica para Campinas”, afirmou em nota Manuelito Magalhães Júnior, presidente da companhia.
No primeiro ano, o projeto superou as metas iniciais: foram instalados 120 Distritos de Medição e Controle (DMCs) e 109 monitorados, abrangendo cerca de 19% das ligações da cidade. A previsão é, em 10 anos, expandir para toda a cidade, atingindo uma economia total de 18 milhões de metros cúbicos de água.
Com redes antigas e perdas significativas, o setor tem um desafio grande: tornar o abastecimento mais eficiente e sustentável. Fabiana Castro, Diretora de Infraestrutura e Novos Negócios da Amanco Wavin, aponta também em nota que a solução da empresa já está presente em 14 cidades brasileiras, com parcerias em dez companhias de saneamento. Em escala global, o serviço já evitou o desperdício de mais de 28 milhões de metros cúbicos de água em 15 países, impactando mais de 16 milhões de pessoas. “Nossas soluções buscam transformar o cenário atual, em que boa parte da água tratada ainda se perde”, completa Fabiana.






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