A Schneider Electric anunciou um acordo estratégico com a Climeworks, especialista em remoção de carbono, para capturar e armazenar 31 mil toneladas de dióxido de carbono até 2039. O contrato é o maior já firmado pela Climeworks e marca o primeiro investimento da Schneider Electric em remoção de carbono de alta durabilidade.

A parceria envolve três tecnologias de longa duração: Captura Direta de Ar (DAC), Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) e Intemperismo Acelerado de Rochas, todas capazes de armazenar CO2 por milhares de anos. A iniciativa faz parte da estratégia da Schneider para atingir emissões líquidas zero em toda a cadeia de valor até 2040, com redução de 90% nas emissões diretas e indiretas (Escopos 1 e 2) até 2030, em relação a 2017.

A abordagem antecipa a futura demanda por soluções de remoção permanente de carbono, setor considerado essencial para o cumprimento das metas climáticas globais. “Remoção e redução de carbono são fundamentais para atingir nossas metas climáticas, assim como as do planeta”, afirmou em comunicado Esther Finidori, Chief Sustainability Officer da Schneider Electric.

Integração entre inovação e natureza

Além da parceria tecnológica, a multinacional francesa continuará investindo em projetos baseados na natureza por meio do Livelihoods Carbon Fund e da subsidiária EcoAct, especializada em desenvolvimento e certificação de créditos de carbono.

Segundo comunicado de Christoph Gebald, cofundador e co-CEO da Climeworks, a demanda por remoção duradoura de CO2 tende a crescer rapidamente, tornando o investimento antecipado essencial. “Nossa colaboração não apenas ajudará a acelerar ainda mais a trajetória de redução de custos da Captura Direta de Ar, como também demonstra que ação climática e visão econômica caminham lado a lado – e a remoção de carbono é o ponto onde elas se encontram”, afirmou.

A Climeworks e a Schneider também trabalham no aprimoramento da eficiência energética e no desenvolvimento de tecnologias para reduzir custos da captura direta de ar. O acordo, estruturado em um único contrato, diversifica o impacto da Schneider Electric nas três frentes de captura e reforça o papel de empresas privadas nas soluções climáticas em escala.